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domingo, 5 de maio de 2013

Pauta de Reivindicações da Greve dos Professores Estaduais 2013!!!

Oi! Se você ainda não viu na TV, jornais, rádio ou qualquer coisa da mídia falando sobre a greve dos professores que está acontecendo aqui no estado de São Paulo, que bom que pelo menos um veículo de comunicação (o meu) vai te informar sobre isso. O fato é que a mídia nunca ia fazer divulgação pro povo sobre a greve, e se abrir a boca vai falar coisa ruim sobre os professores.

Você pode até ser a favor dos professores e suas reivindicações, mas com certeza pensa que o único problema dos professores (além dos alunos) é o salário. Justo que eles peçam maior salário, né? Aluno chato, aluno irritante, aluno provocador, daqueles que até os próprios colegas (como eu) dá vontade de chutar a cabeça ou explodi-la mesmo. E você nem sabe da metade dos problemas salariais. 

Veja a seguir a Pauta de Reivindicações da Greve:

O Governo (sim, leitor, o safado do Geraldo Alckmin tá mais que embutido nessa trama safada toda) atrasa muitíssimas vezes o recebimento dos salários dos professores. Minha mãe é professora e é um exemplo vivo disso. Ela não recebeu seu salário ano passado (que era mais alto, já que ela estava dando 30 aulas), e sim o salário do ano passado (que era menor, de quando ela tinha só 15 aulas). Só recebeu o resto do salário atrasado muitos meses depois (no fim do ano, sendo que o erro ocorreu lá para Fevereiro).

E o professor recebe o vale-alimentação, para poder gastar com comida e restaurante, apenas. E adivinhe quanto eles ganham? 4 reais por semana! É, ainda por cima por semana. Se fosse por dia dava para pelo menos comer um hot-dog vagabundo por aí e não passar fome todo dia, mas por semana não dá para comer nem por dois dias um hot-dog cada dia. Isso que meu irmão, que é Web design, e que não educa e prepara milhares de pessoas para o futuro, apesar das dificuldades, ganha quinze reais por dia para comer! Baita diferença. Só quatro por dia faria pelo menos uma diferençazinha para os professores. Por isso esse vale alimentação também é bastante conhecido como vale coxinha, mas eu acho que coxinha tá tão cara que nem isso dá para comer mesmo.

Mas as reivindicações são muitas outras. O IAMSPE, por exemplo. É o Servidor Público que garante pelo menos um convênio médico aos professores (menos aos categoria O), mas o nosso "querido" Geraldo Alckimin-Pinóquio-filho-de-uma-mãe-vou-chutar-sua-cabeça-e-arrancar-fora quer privatizá-lo. Ou seja, o convênio não vai ser mais do Governo e garantia de pelo menos atendimento médico, e deixá-lo nas mãos das empresas e outras coisas que com toda certeza vão cobrar preços caríssimos e se dane se é professor ou não.

Também tem o caso das letrinhas. É que o nosso Pinóquio (é que o Alckmin tem um nariz enorme, ainda mais depois de mentir tanto pro povo) separou a categoria dos professores, que é uma só para todos. Ele quer começar a dividir os professores, um contra o outro, rachados e não podendo mais se unir e ter força para lutar juntos contra o governo e reivindicando seus direitos. Os efetivos são aqueles que prestaram concurso e passaram, óbvio. Os categoria O são gente "contratada" pelo governo e que, ao contrário dos efetivos, podem ser mandados embora pela simples decisão do governo. Eles não tem muitos direitos, não tem direito ao convênio médico no IAMSPE e um monte de outra coisa. E eles não podem ter mais de duas faltas ou são despedidos. Aliás, os professores em geral tem um limite de faltas (mesmo as médicas, que são apenas umas seis). Os categoria F são os mais antigos que lutaram numa greve anterior e conseguiram mais alguns direitos, já que eles tinham antes as mesmas condições dos O's.

E tem também a superlotação nas salas. Como não ia haver violência e tal nas escolas sendo que numa sala tem quinhentos mil (exagero, mas tem mais de quarenta na maioria das salas) alunos? E a jornada do piso? É a média de aulas que o professor tem que cumprir por semana. O máximo de aulas que um só professor pode dar por semana é 30 atualmente. Cara, trinta aulas deixa qualquer um louco! Não, professor que está resignado a sua vida medíocre e que puxa-saco do Geraldo Alckmin? Então experimenta todos os anos ficar dando trinta aulas por semana, nas salas mais lotadas, sem fazer greve parar melhorar sua vida e tal. Depois de aposentar-se e ter aguentada tudo isso me conta como foi. Isso se você tiver aguentado viver assim. Ou pode ter ficado louco depois disso tudo. Tem uma lei (isso mesmo, uma LEI, criada, votada, aprovada e devia ser executada) que só permite no máximo do máximo estourando, 26 aulas por semana. É só um alívio de 4 aulas entre esse máximo aprovado e o máximo que é aplicado incorretamente pelo Alckmin, mas faz grande diferença. Essa lei tem que ser exigida por direito! Não pode ser desrespeitada desse modo! Ignorada, simples assim pro governo. 

E também os professores precisam de pelo menos, digamos, 33% do tempo que ele fica trabalhando, ou seja, da sua jornada de trabalho, para atividades extra-classe. Quê?? Extra-classe é a parte de criação, correção e elaboração de atividades ou provas mesmo que o professor vai aplicar ou já aplicou na sala. E, claro, esse tempo também será usado para conseguir elaborar melhor as aulas e os conteúdos que serão passados aos alunos. O professor tem direito a um tempinho para criar, corrigir e deixar suas aulas preparadas para que a aula seja um pouquinho mais legal de dar.

Tem outras coisas, como a municipalização das escolas (o governo pretende fazer as escolas a partir da quinta série virarem municipais, da prefeitura, e assim os professores que dão aula para essas séries no estado vão perder o emprego e só poderão dar aula de novo se passarem no concurso a ser prestado para a prefeitura), cursos preparatórios de agora 3 anos para culpar os professores e sujar a imagem deles como sendo incompetentes e mais.

Bom, esta são algumas das reivindicações dos professores Estaduais. Mas os professores Municipais de São Paulo também estão de greve e tem outra pauta de reivindicações que é mais curta, pois eles tem um pouquinho mais de vantagens comparado aos direitos dos professores estaduais. Claro que eles não tão na maravilha, só tem um pouco mais de direitos, eu não vou falar como nossa traíra Bebel (presidenta da APEOESP, que chamou a polícia e tropa de choque para conter os professores estaduais e fazê-los desviar do caminho para unificar com os professores municipais e apoia-los), que diz que eles estão reivindicando reajuste, sendo que tem 12%, enquanto ela ainda busca repor as perdas salariais. Não tá boa a situação para ninguém. A situação dos professores municipais não é assim tão ótima e só os professores estaduais estão ferrados. É que a Bebel e o povo que dirige a APEOESP, o sindicato dos professores estaduais que está decretando greve, são petistas e nunca iam apoiar a greve dos professores municipais que lutam contra o Haddad, do PT, e reivindicar melhores condições que nem mesmo o  PT que a Bebel acha que é muito bom, melhorou. 

No fim a Bebel colocou um monte de policiais e tropa de choque para não deixar a gente ir (eu fui também na última Assembleia) pela Consolação se encontrar com os professores municipais e unificar. Fomos obrigados a descer pela Cintra, como a traíra queria. Mas de tanto gritarmos "Unificação, unificação", ela teve que ceder e damos uma volta pela Cintra e acabamos indo para a Praça da República e encontramos os professores municipais e pudemos unificar com eles, apesar de tudo. O curioso era que ela, ainda no MASP, na Assembleia, dizia que os professores municipais tinham reivindicações diferentes das estaduais e por isso não queria unificar. E para completar gritava, com sua voz irritante e rouca: "Olha só o tanto de gente do interior! Vieram de tão longe para unificar? Não é justo que o pessoal de São Paulo não se importe com os do interior, de tão longe, e vão unificar!" Eu ainda não entendi o que vir de tão longe tem a ver com unificar! Ah, esse povo da direção inventa cada coisa para justificar suas decisões. E ela falava que só alguns de São Paulo queriam unificar, sendo que não sei quantos professores gritavam pela unificação e a maioria devia ser do interior, que ela dizia que vinha de muito longe para unificar. Depois de tudo aquilo de confusão com a policia, ela continuou seu discurso medíocre calmamente, como se nada tivesse acontecido: "Que greve maravilhosa! Olha só quantos professores lutando". Vontade de chutar. Não sei como não é linchada!

Mas pelo menos ninguém se feriu nem foi preso (eu acho), mas o Alckmin já despediu uma professora categoria O que estava fazendo greve, sendo que os categoria O tem direito a fazer greve, assim como todos os outros professores, e não podem ser despedidos. A greve começou dia 26 de Abril e foi votada sua continuação nessa sexta-feira, dia 3 de Maio, e ela vai até sexta que vem, dia 10 de Maio e será votada sua continuação ou não. Torçam para que os professores ganhem alguma coisa, ou sairão todos de cabeça baixa e com um desconto muito injusto no salário. E não é só Alckmin o grande causador de injustiças aos professores: seu secretário, eu acho, Herman, também é outro safado que não liga para os professores e a educação no Estado de São Paulo.

É isso. Até mais, no nosso blog:

Dj Clarissia - Mundo da Informação, a Informação do Mundo, na sua Mão.

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